A cada segundo que passa, a vida humana vai sendo construída e registrada nos anais da História. Os fidedignos registros do Céu vão se computando enquanto Jesus Cristo procura salvar a humanidade, intercedendo por esta diante do Pai. Pela influência do Espírito Santo, Cristo concede força ao Seu povo para viver em santificação e em testemunho ao mundo a respeito das verdades do evangelho. Cada dia concedido de 24 horas é uma oportunidade de investir bem ou mal na vida. Nesses últimos dias do mundo, quando já vão tarde as horas e as oportunidades se esgotam, devemos refletir sobre o propósito de nossa vida e os motivos do nosso coração. O apóstolo Paulo nos aconselha a seguir um caminho diferente do seguido pelo mundo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom. 12:1,2 Devemos compreender que a vida é feita por um conjunto de escolhas e um montante de Tempo. Ambos nos dão a oportunidade de ter pensamentos, ações, práticas, hábitos e, por fim, caráter. É a lei da ação e reação. Vamos colher o que plantarmos.
A questão de avaliarmos sobre o estilo de vida que estamos tendo não é algo de pouca importância. Ele demonstra nossas crenças, costumes, valores, religião, gostos e caráter. O cristão, que é um representante de Deus para o mundo, revela a verdade por suas ações. As escolhas e tendências da vida mostram que filosofia rege as tramas de seu coração. É por isso que, a necessidade de viver de modo coente e íntegro com as verdades bíblicas são de suma importância. Em cima desse local sensível de nosso ser, que é nossa mente, o grande conflito entre o bem e o mal se desenvolve buscando chegar num desfecho a final. Por um lado, as verdades bíblicas procuram salvar o ser humano da destruição, por outro, os enganos do pecado, astuciosamente planejados por Satanás, visam arruinar-nos enquanto há tempo e em todo tempo oportuno. A vida deve ser minuciosa e religiosamente planejada, não para vivermos como máquinas, mas para não andarmos em terreno inimigo e sermos preza fácil de Satanás.
A vida é composta por muitas áreas. Na Bíblia Sagrada encontramos orientações que nos ajudam a agir sabiamente evitando o mal e alcançando o pleno desenvolvimento de nossas faculdades. A Palavra de Deus aponta quais devem ser nossos pensamentos, desejos, hábitos alimentares, comunicação, devocional, cosmovisão, vestuário, recreação, testemunho, relacionamento familiar e conjugal, criação dos filhos e educação, entre tantas outras áreas importantes. Sendo assim, é óbvio admitir ser fundamental estudarmos esse Livro e Manual, digamos, de percurso para a eternidade. A maneira com que a Nova Era entra em contato conosco é por meio dos nossos sentidos. Visão, tato, audição, olfato e paladar são os cinco pontos que influenciam nossa vida positiva ou negativamente. É por elas que nos relacionamos com o ambiente ao nosso redor, retendo e repassando informações. Não é por acaso que Salomão nos recomenda: “Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. Não os deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Desvia de ti a falsidade da boca e afasta de ti a perversidade dos lábios. Os teus olhos olhem direito, e as tuas pálpebras, diretamente diante de ti.” Prov. 4:20-25 Como cristãos, estamos em conflito com trás coisas: nossa natureza carnal, pecaminosa, o mundo, repleto da cultura do mal, e Satanás, autor e pai do pecado e da mentira. Não podemos fazer nada contra eles em nossa própria força. Contudo, Cristo nos habilita a viver segundo a Sua vontade, se dEle buscamos força, vivendo em comunhão. “Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam. Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” João 15:5-7
Somos totalmente dependentes de Deus para nossa salvação e desenvolvimento. A única coisa que Deus não pode fazer é escolher o certo em nosso lugar. Se cooperarmos com Ele guardando-nos do mal, da aparência do mal e de escolhas erradas voluntárias, podemos alcançar auxílio para as fraquezas. É a união do esforço humano com o divino que faz a diferença.
Com esses pensamentos em mente, podemos avaliar nosso estilo de vida eliminando, de modo equilibrado, aquilo que é prejudicial física, mental e espiritualmente; e optar pelo que é mais conveniente. Devemos sempre seguir o princípio: “Examinai tudo. Retende o bem.” 1 Tess. 5:21 e “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” 1 Cor. 10:23 Portanto, precisamos refletir sobre o que pensamos, fazemos, comemos, bebemos, como investimos nosso tempo em lazer e recreação, com o que nos entretemos, como são nossas palavras, como está nosso devocional, como temos servido e adorado na igreja, como o mundo vê nosso testemunho, [...]. Devemos fazer perguntas sinceras e sérias, como um pesquisador que procura compreender um fenômeno e resolver uma questão científica delicada. Há muito que chegou o tempo de sacudirmos de nós o pó da inatividade e passiva tolerância, para praticarmos o que pregamos e ensinamos para o mundo. Muitos cristãos deixaram os cuidados do mundo, os apelos da cultura secular e a negligência dos deveres religiosos anuviarem sua visão espiritual, permitindo que a linha de separação entre eles e o mundo se tornasse praticamente quase inexistente. A força que movimentos cristãos, como a Reforma Protestante, tiveram no passado da humanidade, raramente se vê nesses últimos dias. “É a incredulidade, o mundanismo, a falta de consagração e a contenda entre o professo povo do Senhor que nos têm conservado neste mundo de pecado e dor por tantos anos.” Ellen G. White, Manuscrito 4, 1883 – Citado em Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 69 Diante de tal quadro, o que tem levado o povo de Deus a viver de modo tão irresponsável?
A resposta está no estilo de vida. Provérbios 23:7, na primeira parte, diz: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é ...” Aquilo que entra em nossa mente nos transforma à semelhança do objeto contemplado, pois somos frutos de nossos pensamentos. Portanto, não existe ação sem o comando de nosso pensamento. Com base nisto, podemos concluir que muitos cristãos ou quase todos não estão contemplando a Cristo como deveriam em seu estilo de vida. “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” Isaías 45:22 Se a religião não for um estilo de vida, de nada valem os esforços isolados! Enganamos a nós mesmos. Se alimentarmos nossa natureza pecaminosa, a vida espiritual enfraquece e perde seu valor e prazer em nossa mente. Então rapidamente seguirá a procura por diversão na cultura secular, fazendo aumentar o mundanismo. Sem obediência à Palavra de Deus, a incredulidade e a falta de consagração tomam seu lugar e a vida passa a satisfazer os desejos do coração não convertido. “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.” Mateus 24:12 Então vemos os conflitos dentre aqueles que se dizem irmãos e herdeiros da mesma promessa! Ao atender a inclinação natural, o tempo que era devotado a Deus, é desperdiçado em inúmeros pecados. Hoje é o tempo de despertarmos do sono da morte.
Uma vez que morremos para o mundo, pelo batismo, precisamos agora buscar as coisas celestiais. “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra.” Colos. 3:1,2 Devemos pensar para Deus, comer, beber, desejar, se relacionar e testemunhar, tudo para a Sua glória. Precisamos viver aqui como cidadãos normais, porém com a expectativa de que nossa pátria real é o Céu e em breve Jesus virá nos buscar. Devemos optar por uma vida mais simples e devota, preferindo passar por sacrifícios pessoais agora, do que perder a salvação no amanhã.
Nosso estilo de vida deve ser espiritual. Após refletir sobre a vida e notar nossas faltas e pecados, devemos nos arrepender e decidir buscar de Deus perdão e forças para mudar de rumo. Mais tempo precisa ser reservado para Orar e Estudar a Bíblia. Nossa comunhão deve ser desenvolvida Durante o dia e não por uns poucos minutos pela manhã ou à noite. Devemos envolver as pessoas que estão ao nosso redor com a atmosfera do Céu. Nosso amor e gratidão devem ser dados a Deus e dEle devemos buscar auxílio para amar nosso irmão, obedecendo aos mandamentos na paciência dos santos. Nossa recreação precisa ser voltada para a contemplação dos grandes temas da religião: a salvação, Jesus e a cruz, a Sua vinda, as obras de Deus, etc. Caminhando pela natureza, durante o sábado ou outro dia escolhido, podemos sempre estar pensando em assuntos espirituais. Se quisermos jogar algo, que joguemos tempo de investimento em assuntos bíblicos e não nas artes satânicas. Devemos nos alimentar da Bíblia, de bons alimentos, de exercícios e hábitos saudáveis, de trabalhos voluntários em favor do próximo e pregar o evangelho. Só falta pouco tempo para Cristo voltar. Seja pela morte ou no fim da História, Jesus virá e nos recompensará pelo estilo de vida que tivemos. Peçamos a Deus mais amor, gosto, discernimento e ação em favor do que é certo. Trilhando os caminhos antigos, andaremos nas veredas da salvação. “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” Mateus 7:13,14 Essa deve ser nossa atitude!
“Devemos escolher o direito, porque é direito, e com Deus deixar as consequências.” Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 460